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28/07/2009 / Em: Clipping

 


Candidatos da Unicamp terão que levar duas fotos na primeira fase; veja resolução do vestibular 2010  (UOL – Vestibular – 27/07/09)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou as regras do vestibular 2010 no Diário Oficial de 24 de julho. No processo seletivo deste ano, os candidatos terão que levar no dia da 1ª fase duas fotos 3×4, datadas de 2009. Quem não levar as fotos não poderá fazer a prova, que será aplicada em 15 de novembro. O vestibular 2010 oferecerá 3.444 vagas, sendo 3.320 para a Unicamp e 124 para a Famerp (Faculdade de medicina de São José do Rio Preto). A licenciatura de física, oferecida no período noturno, ganhou 10 novas vagas. O formato das provas da Unicamp será o mesmo do ano anterior. Candidatos que quiserem aproveitar a nota do Enem só poderão utilizar o desempenho da prova de 2009.



Unicamp aceitará Enem no vestibular só se o MEC liberar nota até 30 de novembro  (Globo.Com – G1 Vestibular – 27/07/09)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)só irá aceitar o Exame Nacional do Ensino Médio para para compor parte da nota da 1ª fase do vestibular se o resultado do exame for divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) até o dia 30 de novembro de 2009. Caso contrário, as notas do ENEM não serão consideradas para nenhum candidato. A decisão consta do edital do vestibular 2010 publicada no Diário Oficial de sábado (24). A primeira fase da Unicamp será no dia 15 de novembro e a instituição afirma que precisará deste prazo para conseguir fazer a convocação no dia 16 de dezembro dos aprovados para a segunda fase, que acontece de 10 a 13 de janeiro. A previsão do MEC é divulgar oficialmente os resultados das quatro provas de objetivas somente no dia 4 de dezembro. No entanto, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do MEC que aplica o Enem, informou nesta segunda-feira (27) ao G1 que há um compromisso com a Unicamp de entregar o resultado do exame dias antes da data oficial.



Em 7 federais, exame será classificatório para segunda fase  (Folha de S.Paulo – Fovest – 28/07/09)

Em 7 das 12 universidades federais que terão segunda fase própria, ir mal no novo Enem pode fazer o estudante ser eliminado do vestibular. Isso ocorrerá em quatro federais de Minas Gerais (UFU, Unifei, Ufop e UFJF), duas do Rio (UFRJ e UFF) e uma do Espírito Santo (Ufes). Nessas instituições, o desempenho no Enem será classificatório; em outras cinco federais que unirão o Enem à segunda fase, o exame não eliminará ninguém. Nas sete universidades em que o Enem é decisivo, uma situação inusitada pode ocorrer: o candidato terá de se inscrever na segunda fase, geralmente a partir de agosto, sem saber se tem nota suficiente para ir à próxima etapa. Os resultados do Enem saem apenas em dezembro (para as universidades) e janeiro (para os alunos). Na UFRJ, por exemplo, essa definição depende da publicação do edital, em 1º de setembro. Até lá, estuda-se a possibilidade de serem convocados para a segunda fase um número de candidatos equivalente a quatro vezes o total de vagas. Assim, se um instituto oferece 50 vagas, serão chamados para a etapa final os 200 candidatos mais bem colocados no Enem. A comissão que define o edital, diz a instituição, está atenta à data de divulgação do resultado do Enem. Os estudantes podem se inscrever nessas sete federais a partir de setembro -as exceções são a UFMG e a UFF, que abrem inscrição em agosto. Em duas das sete universidades (Ufop e UFMG), a data do vestibular está definida. As demais estão em fase final de discussão e devem publicar em breve os editais.

Unifesp
As cinco federais com segunda fase em que o Enem não será eliminatório são: UFMS (MS), Unifesp e UFSCar (SP), UFSJ (MG) e UFPE (PE). A Unifesp definiu que o Enem valerá um terço do vestibular para sete cursos -que estão entre os mais concorridos da instituição, como medicina e enfermagem. A universidade também usa o Enem de outro modo: para 19 cursos, o exame servirá como seleção única. Na UFSJ, se o aluno quiser, a nota no exame pode substituir a prova de conhecimentos gerais, que vale 25% do vestibular. A universidade terá segunda fase para 90% das vagas -nas restantes, o Enem será a única forma de seleção. Na UFPE, a prova objetiva do Enem valerá 45% da nota final. Já na UFMS, o exame substituirá a primeira fase, mas todos os candidatos serão convocados para a segunda etapa. Na UFSCar, por sua vez, a nota final será composta 50% pelo Enem e 50% pelas provas próprias. As inscrições para a segunda etapa ocorrem em setembro, antes do Enem -em outubro. Todos os candidatos inscritos no Enem e na segunda etapa farão as duas provas.

NOVO ENEM

Matemática também estará presente em outras disciplinas  (Folha de S.Paulo – Fovest – 28/07/09)

Uma má notícia para quem não gosta de fazer conta: um quarto das questões objetivas do novo Enem serão especificamente de matemática. Isso porque a matéria é a única a integrar sozinha uma das quatro grandes áreas em que a prova está dividida. Assim, ao menos 45 das 180 perguntas do Enem serão apenas de matemática -a matéria, portanto, será a de maior peso na prova. Nas outras três áreas -linguagens e códigos, ciências da natureza e ciências humanas-, as questões envolverão mais de uma disciplina.Desse modo, a prova de linguagens trará questões de língua portuguesa, literatura, artes, educação física e comunicação. A de ciências da natureza terá química, física e biologia. Já a de ciências humanas será composta por história, geografia e sociologia. O diretor de avaliação da educação básica do Inep (órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem), Héliton Tavares, avisa: o número de questões envolvendo matemática deve ser ainda maior que um quarto, graças ao fato de o Enem ser um exame com questões interdisciplinares. Um exemplo são perguntas de física e química que exijam conhecimentos matemáticos. “Um quarto das questões serão diretamente ligadas à matemática. Mas a linguagem matemática, como gráficos, tabelas, cálculo de porcentagens, poderá ser encontrada nas outras matrizes também”, afirma Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil. Ele comparou o edital deste ano com o dos anos anteriores para reformular o material didático do seu cursinho. Nos anos anteriores, o programa não tinha divisão por matérias -a interdisciplinaridade já era a marca mais forte do Enem-, o que, segundo Tavares, dificulta uma comparação entre as edições. E como o aluno deve treinar para uma prova assim? “O aluno deve fazer o maior número de questões-teste em determinado tempo. Questões fáceis, porque não adianta pegar um teste difícil e não conseguir fazer”, afirma Glenn van Amson, supervisor de matemática do Anglo. Uma boa dica é recorrer às provas anteriores do Enem, disponíveis no site http://historico.enem.inep.gov.br. A overdose de matemática não assusta Willian Cruz, 17, aluno do CPV que vai prestar vestibular para economia. Na aritmética do seu horário de estudos, matemática já toma 40% do seu tempo. “Quando se estuda para valer, se estuda para tudo”, diz Willian, que considera que seu maior desafio no Enem não será a matemática, mas o tempo.

Disciplinas exóticas
Outra novidade do Enem são os temas pouco comuns em outros exames, como história da África e educação física. Mas, quanto a eles, o recado dos professores é tranquilizador: não haverá cobrança de conteúdo específico, as questões devem ser contextualizadas.”Ninguém vai cobrar a regra do basquete ou a independência do Catar. Vai ter que analisar documentos históricos, interpretar”, diz Mateus Prado. Héliton Tavares, do Inep, confirma que não haverá cobrança de datas. Sobre o conteúdo, diz não haver novidade nos temas exigidos -que se baseiam no programa estudado no ensino médio.

NOVO ENEM

Na redação, candidato não deve desrespeitar direitos humanos  (Folha de S.Paulo – Fovest – 28/07/09)

Quem pretende ir bem na redação do Enem pode até cometer (pequenos) erros de português, mas há algo que o avaliador não vai perdoar: o desrespeito aos direitos humanos.
Pelas regras da redação, defender temas como nazismo e racismo, por exemplo, faz o aluno perder pontos. “Não tem como defender esse tipo de tema. Se o fizer, o aluno vai mostrar que é radical. E toda forma de radicalismo é condenada numa redação”, disse Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Objetivo. Ser explícito quanto à necessidade de respeitar direitos humanos é exigência do Enem, segundo ela. Vestibulares não costumam fazê-lo de forma específica. O diretor de avaliação da educação básica do Inep (órgão responsável pelo Enem), Héliton Tavares, diz que essas regras ajudam a direcionar o candidato que faz a redação. Os parâmetros da redação estão no site do Enem, mas a consulta às informações é complicada: é preciso acessar a última das sete páginas de um arquivo em formato PDF. O link está no endereço www.enem.inep.gov.br/portaria_enem2009_2.pdf.
Para ir bem, o aluno deve se ater ao tema exigido e saber argumentar. Expor pontos positivos e negativos em relação ao assunto abordado é importante para mostrar senso crítico, afirma a professora. O candidato deve, ainda, fugir de soluções utópicas para o tema da redação. Se o Enem pedir a solução para a sujeira nas cidades, por exemplo, não basta dizer que o problema seria resolvido se cada um cuidasse do seu lixo. “O aluno tem que abordar a questão de maneira racional”, diz Maria Aparecida. É o que o vestibulando Felipe Lorenzini, 18, diz tentar. Ele faz duas redações por dia e treina especialmente o tema e a argumentação. “Não se pode fugir do foco”, diz ele, candidato a artes dramáticas na USP -vestibular em que o Enem ajuda a compor a nota.



‘Queremos que 50% do lucro do pré-sal sejam investidos em educação’, diz novo presidente da UNE  (Globo On Line – Educação – 27/07/09)

Desde que foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) na semana passada, o paulistano Augusto Chagas, de 27 anos, falou muito de política e pouco de educação. Mas o militante do PCdoB disse, em entrevista à Megazine, que não pretende seguir carreira política e que só quer “construir um país mais justo”. Na terceira faculdade, depois de não concluir outros dois cursos, Chagas acredita que o novo modelo do Enem é um passo à frente para o fim do vestibular, que, segundo ele, “é um instrumento de seleção socioeconômica ao avesso, pois garante que as camadas sociais privilegiadas estejam na universidade”. Confira as respostas de Chagas para perguntas feitas por leitores através do site do GLOBO e do nosso Twitter (twitter.com/RevistaMegazine) sobre assuntos como cotas e reforma universitária.



DCE da UnB divulga nota contra ação do DEM  (Correio Braziliense –  Eu, Estudante – 24/07/09)

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) divulgou, hoje (24/7), nota de repúdio à ação apresentada pelo partido político Democratas (DEM) contra o sistema de cotas da instituição:

O Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães da Universidade de Brasília vem por meio desta repudiar a ação promovida pelo Democratas contra o sistema de cotas raciais da Universidade de Brasília. Nessa segunda-feira (20/7) o partido, por meio de sua advogada voluntária Roberta Kaufmann, impetrou uma Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), demandando a suspensão  liminar do sistema de cotas raciais da UnB e do resultado do vestibular do 2˚/2009. Essa medida vem de forma antidemocrática querer acabar com uma política pioneira da UnB de democratização do espaço universitário.  A ação movida pelo DEM questiona a UnB por “institucionalizar o racismo” e por dar as bases de um “Estado racializado”. Toda a argumentação desenvolvida pela advogada leva a compreensão de que o problema do racismo não existe no país – seja em função da miscigenação no país, seja pelo argumento biológico de que não existem raças – e que, as políticas de ação afirmativas são problemáticas quando têm o recorte racial. Mais ainda, ela afirma que esse tipo de política cria o racismo.



Racismo e baixa autoestima levam cotistas a se esconder, diz pesquisadora  (O Dia Online – Educação – 28/07/09)

A pesquisadora da Universidade de Brasília (UnB) Ana Paula Meira afirma que estudantes cotistas, mesmo depois de passar em concorridos vestibulares, ainda se escondem por causa de baixa auto estima e do racismo. “O racismo coloca as pessoas sempre à margem. Você duvida que possa estar fazendo o que é certo, que pode ser bonita e inteligente”, afirma Ana Paula. “É dificílimo achar um cotista, as pessoas se escondem”, descreve a mestranda em Política Pública e Gestão de Educação pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). Apesar de ter conseguido falar com quase uma centena de alunos, Ana Paula avalia que os cotistas “tem medo dizer” e temem reações que possam causar ao assumir que são cotistas. “Para não se prejudicarem, eles se esquivam”.

Criador do sistema de cotas da UnB diz que ação contra a política é ‘tapetão’  (O Dia Online – Educação – 28/07/09)

Para o professor José Jorge de Carvalho, que junto com a professora Rita Lauro Segatto (ambos do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília) elaborou a proposta de política afirmativa, a ação do Democratas – que pede a suspensão do sistema de cotas na UnB – “é um refrito” do Manifesto dos 113 enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, em 30 de abril do ano passado, e assinado por um “grupo pequeno que tem acesso à mídia”. A ação, segundo ele, apresenta “argumentos frágeis”. O antropólogo afirma que o processo de cotas é um dos mais revolucionários na universidade brasileira. “As universidades funcionaram durante 70 anos, de 1930 ao ano 2000, totalmente segregadas. Há poucos países no mundo que tem um universo tão racista quanto o nosso”, avalia.