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29/07/2015 / Em: Clipping

 

Pelo Sisu, USP terá 225 vagas em cota para pretos, pardos e indígenas   (Globo.Com – G1 – Vestibular – 29/07/15)

A adesão parcial da Universidade de São Paulo (USP) ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), anunciada no mês passado, representa a quebra de dois paradigmas na maior universidade pública da América Latina. Além de decidir selecionar parte dos estudantes para vagas na graduação sem usar a nota da Fuvest, a USP também vai reservar, pela primeira vez, 225 vagas para estudantes pretos, pardos e indígenas que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública. Apesar de 59% dos 144 cursos da USP terem decidido aderir parcialmente ao uso da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no ano que vem, só 13,5% das 11.057 vagas vão ser disputadas fora da Fuvest. Das 1.489 vagas da USP no Sisu, 1.159 (ou 77,8%) vão ser destinadas apenas para estudantes da rede pública, incluindo as 225 específicas para pretos, pardos e indígenas, e 340 serão disputadas na modalidade de ampla concorrência. Porém, só em 13 cursos de quatro unidades houve decisão de reservar vagas para cotas raciais. A Fuvest usa as seguintes classificações de raça e etnia: branca, preta, parda, indígena e amarela. Nas pesquisas sociológicas, é comum o termo “negro” ser usado para englobar pretos e pardos. Com exceção do curso de psicologia, no Instituto de Psicologia (IP), os cursos que aderiram ao Sisu são recentes na história da USP: a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each), localizada no campus da USP Leste; o Instituto de Relações Internacionais (IRI) e o curso de graduação em saúde pública, na Faculdade de Saúde Pública (FSP).


Menino de 14 anos que passou em federal de medicina dá palestras sobre Enem   (UOL – Educação – 28/07/15)

A vida do sergipano José Victor Menezes Teles mudou quando no início deste ano obteve nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) suficiente para ser calouro do curso de medicina da UFS (Universidade Federal de Sergipe) com apenas 14 anos. O adolescente do município de Itabaiana (SE), a 52 km da capital, agora com 15 anos, tem utilizado as horas de folga, antes do início das aulas na universidade, para ministrar palestras em Sergipe e alguns Estados brasileiros, com dicas para estudar e resolver as questões nas provas do Enem. “Depois de toda a repercussão midiática, indiscutivelmente, houve várias mudanças em minha vida, passei a ministrar palestras. Nelas converso desde a questão da maturidade até resolução de questões do Enem”, revelou José Victor, ao lembrar que o tema das palestras é: “O meu desempenho para alcançar o sucesso”.  O adolescente fez  questão de ressaltar que esta exposição na mídia mudou a conduta pública dele, inclusive nas redes sociais, nas quais tem sido vigiado, constantemente, pelo uso formal da língua portuguesa. “Neste ambiente virtual que tendemos a nos portar informalmente, sou cobrado para o lado formal da língua, que, de qualquer maneira, não deixa de ser construtivo”, salientou. O adolescente disse que tem cobrado pelas apresentações, mas não quis revelar o valor. No entanto fez questão de frisar que também tem feito palestras para alunos em escolas públicas de forma gratuita.  “Na maioria das instituições, que foram particulares, fui orientado a estabelecer um preço em um tempo específico. Entretanto, nas instituições públicas, que fui convidado pelos meus pais e ex-professores, ministrei filantropicamente’, contou ele, que já esteve em municípios do interior do Espírito Santo e em Campo Grande (MS), com uma média de três palestras por cidade.

Para 94% dos brasileiros, médicos e engenheiros deveriam fazer prova antes de exercer profissão   (UOL – Educação – 28/07/15)

Pesquisa organizada pelo Instituto Datafolha revelou que 94% dos brasileiros é a favor da realização de provas por médicos e engenheiros como pré-requisito para o exercício destas profissões. O levantamento, feito entre os dias 9 e 13 de junho, ouviu 2.125 pessoas em 135 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O estudo, encomendado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), apontou também que 89% dos entrevistados são favoráveis à manutenção do Exame de Ordem, avaliação obrigatória para bacharéis em Direito exercerem a advocacia. Do total de participantes, 9% declararam ser contrários ao Exame e outros 3% não souberam opinar. “A defesa dos direitos das pessoas e da liberdade depende de uma adequada orientação jurídica, tarefa do advogado. O Exame de Ordem tem como objetivo impedir a atuação profissional de quem não tem conhecimento técnico para proteger o cidadão de injustiças e prejuízos muitas vezes irreparáveis. A defesa da liberdade e dos bens deve ser feita por quem tem conhecimento”, afirmou o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho. A pesquisa Datafolha também calculou as opiniões conforme região de domicílio e preferência partidária dos entrevistados. Com 90% de aprovação, a região sudeste é a que mais apoia a manutenção do Exame de Ordem. Em relação à orientação política, o PMDB é o partido em que os simpatizantes mais defendem o Exame, com 93% de aprovação. “A constituição da República é taxativa ao prever que a lei pode exigir a demonstração de qualificação técnica mínima. Busca-se evitar que profissionais possam gerar prejuízo irreparável a terceiros.   O juiz, o delegado de polícia e o membro do ministério público são concursados.  O representante do cidadão, perante tais autoridades, também deve ser preparado, para que se garanta um equilíbrio entre cidadão e estado”, disse Coêlho.