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30/09/2009 / Em: Clipping

 


Estudantes serão impedidos de ocupar simultaneamente duas vagas em universidades públicas (O Globo – Educação – 29/09/2009)

RIO – Um mesmo estudante não poderá ocupar, ao mesmo tempo, duas vagas de cursos de graduação em instituições públicas de ensino superior. Já adotada por muitas universidades públicas, essa proibição poderá ser regra geral estipulada em lei, como previsto em projeto aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), nesta terça-feira. Originária da Câmara dos Deputados, a proposta passou em decisão terminativa, e segue agora à sanção presidencial.

Pelo projeto, se o aluno fizer mais de uma matrícula, depois de obter aprovação na seleção vestibular, terá prazo de até cinco dias úteis para optar por uma das vagas. Caso não houver manifestação dentro desse prazo, o estabelecimento providenciará o cancelamento da matrícula mais antiga se a duplicidade ocorrer em instituições diferentes. Quando se tratar de matrículas em uma mesma instituição, a mais recente será cancelada. Será decretada a perda dos créditos adquiridos no curso em que a matrícula tiver sido fechada.

O projeto foi apresentado à Câmara pelo deputado Maurício Rands (PT-PE). Conforme o autor, o limite estabelecido vem para permitir que maior número de estudantes possa chegar às universidades publicas. Para o relator na CE, senador Augusto Botelho (PT-RR), a medida é justa diante das “notórias” dificuldades que o Poder Público enfrenta para possibilitar o acesso à educação superior aos que reivindicam esse ingresso.

Divergência

A votação não expressou posição de consenso, tendo havido um voto contrário e uma abstenção. Quem se posicionou contra foi o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que fez questão de justificou o voto. Segundo ele, um estudante com capacidade para passar em mais de uma universidade pública deve ter a oportunidade de fazer os cursos ou manter a vaga por tempo suficiente para decidir qual o curso ou instituição que mais atenda suas expectativas.



Terminar a prova será desafio no Enem (Estadão – Vida & – 30/09/2009)

Candidatos terão 3 minutos para responder a cada uma das 180 questões

Paulo Saldaña

ESPECIAL PARA O ESTADO

Terminar a prova será um dos principais desafios do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no fim de semana. São três minutos para responder a cada uma das 180 questões. E ainda tem a redação. São dez horas de prova, divididas em dois dias. O tempo é o dobro do exame anterior, mas o número de questões é quase o triplo. A orientação geral de professores é não perder tempo em cada questão. “A gente recomenda o método ‘pega vareta’”, diz o coordenador do Anglo Vestibulares, Luis Arruda de Andrade. “Comece pelas mais fáceis, depois faça as que você acha que sabe e, por fim, as que não sabe.” O plano de Ana Gabriely Botura, de 18 anos, é ficar atenta ao tamanho das questões.No último simulado, ela não conseguiu terminar a prova.“ Voudeixar as maiores para o fim.” Com base nos exames anteriores e nas questões liberadas pelo Inep,órgão responsável pela realização da prova, o candidato pode esperar enunciados elaborados, com textos e imagens de apoio. Por isso,uma leitura atenta pode economizar alguns minutos. “Às vezes, a base do enunciado é a reposta”, diz a coordenadora do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi.

Como a prova não será dividida em disciplinas, não se preocupe em descobrir a matéria a que se refere a questão. “É normal que o aluno diga: ‘Não vou bem em eletricidade’,por exemplo. Com esse enfoque, vai perder a prova”, alerta o diretor corporativo e professor de física do COC, Tadeu Terra. Separe 30 minutos para passar as respostas na folha de gabarito. O tempo para a redação pode variar de 30 minutos a uma hora. Vai depender das universidades escolhidas pelo vestibulando. Nos principais vestibulares de São Paulo – Fuvest, Unicamp e Unesp –, apenas a parte objetiva será usada na soma da nota. Já nas cerca de 20 federais que adotaram o Enem como prova única, a redação será importante.