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31/10/2013 / Em: Clipping

 


Número de matrículas no ensino superior cresce 81% em dez anos    (Globo.Com – G1 Vestibular – 31/10/13)

O número total de matrículas no ensino superior brasileiro superou os 7 milhões no ano passado e cresceu de 81% entre 2003 e 2012. Há dez anos, o Censo da Educação Superior registrava 3.887.022 matrículas, número que subiu para 7.037.688 na edição mais recente do levantamento. As estatísticas e microdados referentes a 2012 foram divulgados na quarta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os mais de 7 milhões de universitários brasileiros estão distribuídos em 31.866 cursos oferecidos por 2.416 instituições (304 públicas e 2.112 particulares). O total de estudantes que ingressaram na educação superior em 2012 chegou a 2.747.089. O número de concluintes foi de 1.050.413, segundo o Inep. A expansão de matrículas nos cursos tecnólogos tem puxado esse crescimento nos últimos anos: o aumento foi de 51% nos últimos quatro anos. Em 2009, 486.730 estudantes estavam matriculados em cursos desta modalidade. Em 2012, o número subiu para 944.904. Os cursos tecnólogos ganham cada vez mais a adesão dos brasileiros porque, diferente da graduação tradicionais, eles costumam ter duração mais reduzida e currículo mais prático focado na preparação do mercado de trabalho. Entre 2011 e 2012, a expansão de matrículas nesses cursos foi menor do que no período anterior (de 2010 a 2011, elas cresceram 11,4% e, de 2011 a 2012, 7,9%). Porém, o aumento de vagas em cursos tecnológicos ainda é maior do que nos cursos de bacharelado e de licenciatura que, entre 2011 e 2012, cresceram 4,4% e 0,7%, respectivamente. Segundo o Censo de 2012, há 5.969 cursos tecnólogos no Brasil, sendo 1.117 em instituições públicas e 4.852 em instituições privadas. No ano passado, 189.035 estudantes concluíram cursos tecnólogos no país.



O Enem e a chibata autoritária   (O Estado de S.Paulo – Opinião – 31/10/13)

O Brasil está mal em educação e, pelo visto, quer melhorar seu desempenho com o chicote do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Primeiro, criou um exame que reflete a incapacidade do Estado de fiscalizar a qualidade do ensino. Se não conseguimos melhorar a qualidade do ensino, chibata nos iludidos. Afinal, a culpa não é sempre do estudante. O Ministério da Educação (MEC) prefere olhar pelo retrovisor a olhar pelo para-brisa. Os educatecas (obrigado, Elio Gaspari), já que não resolvem o problema com reais soluções, fa-lo-ão punindo as vítimas. Há gente que apenas não quer fazer o Enem. É uma liberdade assegurada pela Constituição, mas os educatecas põem todos no mesmo vagão. Destino: um campo de condenados. Talvez queiram imitar (mal) a Coreia do Sul. Lá, um exame feito no fim do curso secundário define o futuro de um estudante: se será um felizardo por toda a vida – seja na burocracia governamental, seja nos chaebols, os grandes conglomerados industriais – ou um pária para sempre, porque não se saiu bem num exame.



Mais da metade dos alunos de colégios particulares não sabe qual carreira seguir   (IG – Educação – 31/10/13)

No começo de 2013, Maria Vitória do Nascimento Barbosa, de 18 anos, pensou em prestar Medicina e Arquitetura. Chegou a fazer um curso para treinar para a prova de habilidades específicas de Arquitetura, mas acabou desistindo. Quando as inscrições da Universidade de São Paulo (USP) abriram, Maria estava decidida: queria fazer Letras e trabalhar como tradutora. Nos últimos meses, porém, acha que sua vontade é seguir a profissão da mãe e se formar em Direito. A confusão que Maria Vitória está passando em um período tão próximo de terminar o colégio – ela está no 3º ano do Ensino Médio – é mais comum do que muitos podem pensar. De acordo com pesquisa feita pela Teenager Assessoria Profissional com 3.718 estudantes de colégios particulares de São Paulo, mais da metade dos alunos do ensino médio está indecisa ou não tem ideia de qual carreira deseja seguir. Os dados apontam que, dos entrevistados, 46,99% estavam indecisos e 12,16% não tinham ideia da profissão a ser seguida. Apesar dessa indecisão, 87,71% queriam fazem um curso universitário. É o caso de Maria Vitória. Mas a adolescente está tranquila quanto a indecisão. Estudante do Colégio Etapa, ela diz que os pais sempre apoiaram que ela fizesse uma viagem e um ano de cursinho para pensar melhor na escolha profissional. Greiciane Gonçalves, de 17 anos, está na mesma situação: vai reservar 2014 para pensar no futuro. Sua dúvida é entre Moda ou Publicidade.  “Eu gosto muito de moda. Além de já fazer trabalhos como modelo, também gostaria de ser estilista, tenho muita criatividade. Mas fico indecisa com publicidade. Tenho amigos que fazem e converso muito com eles, acho que é uma coisa que eu gostaria também”, diz. Para o consultor em profissões da Teenager, Tadeu Patané, a escolha de Maria Vitória e de Greiciane vai depender do autoconhecimento.  “O aluno tem que pesquisar, conhecer o curso e, mais, saber o que faz o profissional. Os jovens ainda ficam muito confusos com o que o profissional faz, como é o dia-a-da da profissão”, diz.  Para perceber que Artes não era apenas um passatempo, Bruna Mayer, 17 anos, teve que passar por esse período de “autoconhecimento”. “Sempre desenhei e fiz cursos na área, mas só no ano passado comecei a pensar nisso como uma profissão. Eu gosto muito de Exatas e pensava que faria Matemática ou Engenharia”.  A decisão pelas Artes veio quando Bruna passou a pesquisar as possibilidades pela internet, fazer perguntas no colégio onde estuda e para antigos professores de desenho e pediu para conhecer o trabalho de amigos na área. “Hoje sei que é que quero fazer”. 



Medicina cresce menos do que a média   (Folha Online – Educação – 31/10/13)

O número de matriculados no ensino superior brasileiro subiu 4,4% de 2011 para 2012. Porém, cursos com mais demanda no país, como medicina, tiveram um crescimento mais lento do que a média no mesmo período: 2,8%. Os números são do Inep/MEC, que publicou ontem dados detalhados do Censo do Ensino Superior de 2012 -que havia sido divulgado em setembro. Hoje o país tem 2.416 instituições de ensino superior, sendo 193 universidades. Ao todos, há 7 milhões de brasileiros matriculado em 31.866 cursos superiores de universidades, faculdades e centros universitários. A quantidade de brasileiros na sala de aula nessa fase da educação é o dobro da registrada em 2002, quando 3,5 milhões estavam matriculados. O problema é que, na maioria dos casos, o crescimento não acompanha a demanda. Em medicina, por exemplo, o incremento de concluintes do curso aumentou só 0,5% de 2011 para 2012. Na prática, isso significa que entraram 100 médicos a mais no mercado em 2012 em relação ao ano anterior.


 
Matrículas entre negros e pardos no ensino superior avançam três vezes mais do que o total de alunos   (Globo.On LIne – Educação – 30/10/13)

A quantidade de negros e pardos no ensino superior nacional vem crescendo num ritmo mais acelerado do que o número total de estudantes do terceiro grau no Brasil. De 2011 para 2012, o universo de matrículas do grupo avançou 15,6%, enquanto o total de matriculados no ensino superior no período subiu 4,4% em todo o país. A política de cotas sociais e raciais, além de outras ações afirmativas implementadas pelos governos, estão entre fatores que explicam esse aumento. Os números fazem parte dos microdados do Censo da Educação Superior de 2012, divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). A pesquisa também mostra um avanço significativo nas matrículas de cursos a distância. O universo total de estudantes do ensino superior brasileiro foi de 6,739 milhões em 2011 para 7,037 milhões em 2012. Nesse período, o Brasil passou de 807.199 negros e pardos frequentando cursos de graduação (11,9% do total) para 933.685 (13,2% do todo). No ano passado, 1,62 milhão (24%) se declaravam brancos. Já cerca de 1,9 milhão optaram por não declarar sua cor. E o Inep não dispõe de informações sobre 2,460 milhões de alunos matriculados em 2012.